Tony Veríssimo
Documentário contará como '20 centavos' gerou uma revolução que levou Bolsonaro à Presidência
Nem tudo se desfaz, é o mais novo documentário produzido por Josias Teófilo, diretor do controverso e premiado longa "O Jardim das Aflições", de Olavo de Carvalho.
O documentário ensaístico apresentará os desdobramentos dos eventos culturais e políticos iniciados em junho de 2013 que culminaram cinco anos depois com a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente da República.

O longa-metragem tem como objetivo explicar como no Brasil dos últimos anos foi gerado uma onda conservadora que rasgou os paradigmas político-culturais iniciando uma revolução no país. A produção artística, que será lançada nos cinemas em breve, ainda aborda como nesse intervalo de tempo, as grandes manifestações de rua voltaram a ser instrumento de disputa política, no esteio da ascensão das redes sociais e da quebra de uma longa hegemonia da esquerda na cultura nacional. Ao mesmo tempo, destacando como uma crise sem precedentes atingiu organismos intermediários como a grande imprensa, os partidos políticos e o STF, entre outras instituições.
No Brasil de 2018, grande parte dessas instituições se aglomeraram num bloco de resistência ao candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro. Figura popular, tendo como divisa de campanha “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, o capitão do Exército Brasileiro serviu como veículo para o espírito conservador, nacionalista e patriótico que se consolidava no país, especialmente a partir de junho de 2013, demonstrando que a vontade popular se impôs face aos interesses políticos, econômicos e midiáticos do establishment.

O nome do documentário "Nem tudo se desfaz" é uma resposta em provocação ao a frase do pensador da hegemonia esquerdista, Karl Marx, que outrora afirmou "Tudo que é sólido se desmancha no ar". Servindo então como contraponto a máxima apresentada por Bruno Tolentino: "Nem tudo se desfaz, Anda em tudo um resquício”. Nesse caso uma revolução conservadora.